Vi-me cercado por forças que não pude controlar, emoções. Chorei por perdas inúmeras vezes, mas desta vez é diferente, perdi um amor e creio nunca ter sido amado de igual forma. Ó amor, inescrupuloso amor, por que cargas d'água me persegue desta maneira? Golpeando-me com sua afiada espada enquanto eu, humilde poeta, só possuo minha caneta, a qual uso para louvar-te em prol da alegria, oferecendo-te minha imortal alma de amante e aguentando muitas feridas e cicatrizes que tu me deixaste.
Minha caneta, ó fiel caneta, és a única arma que tenho, mas nossa relação é ampla, tenho clara afeição por ti. Sua tinta negra nada mais é do que a representação do meu sangue, que de tanto escorrer, secou. Foste capaz de deixar lembranças indescritíveis e iremos juntos superar os golpes desta espada e combatê-los com o que fazemos de melhor neste mundo: Marcar , com sua tão graciosa tinta, a admiração que temos por este sentimento em forma de textos e poesias que só nós somos capazes de produzir com tal clareza.
Dor, ó terrível dor, que me consome e toma conta de meu coração em tão pouco tempo. Não irei nunca contra ti, pois com você aprendi que não importa o quão doloroso seja, estarei sempre disposto a tentar novamente, e assim o farei. Mas pode ter certeza que, caso não dê certo e eu mais uma vez me machuque, lhe mandarei mais dos textos deste poeta e sua fiel e amada caneta.
No meu tempo...
Há 16 anos